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Trabalho e Renda

Publicado: Sábado, 13 de Abril de 2024, 14h04 | Última atualização em Segunda, 15 de Abril de 2024, 19h39

Qualificação profissional impulsiona oportunidade de trabalho e renda para mulheres na zona rural

Carolina Moraes FreitasA dona de casa Carolina Maria Moraes Freitas deu seus primeiros passos na costura há alguns anos em uma fabriqueta no próprio bairro onde mora, na zona rural de Machado (MG), conhecido como Ouvidor. Com a experiência inicial, conseguiu trabalho em uma confecção localizada em outro distrito.

Em 2022, na fase de pandemia, a dona de casa soube do curso de Corte e Costura oferecido pelo Programa Capacita Sul de Minas, sob coordenação do IFSULDEMINAS - Campus Machado. Carolina conta que mobilizou as moradoras do bairro, inclusive a própria mãe, para formar uma turma. "Acabei ensinando minha mãe a costurar".

Com o curso de 30 horas, Carolina pôde aperfeiçoar a técnica de costura e as demais moradoras aprenderam um novo ofício. A experiência abriu portas que ela nem imaginava. "Daí surgiu a ideia de a gente buscar um barracão para trabalharmos todas juntas. Das meninas que fizeram o curso, hoje estamos em seis e temos um contrato com uma confecção. Daqui tiramos nosso próprio sustento", conta orgulhosa.

Carolina explica que o local foi cedido pela Associação de Moradores e reformado pela Prefeitura de Machado. Além disso, os maquinários foram emprestados pelo IFSULDEMINAS - Campus Machado. O pequeno negócio ganhou o nome "Tititi". Elas possuem registro como microempreendedoras e cada uma consegue faturar mais de um salário por mês. Em pouco mais de um ano, já adquiriram quatro máquinas de costura para dar impulso ao pequeno negócio e devolver os equipamentos ao IF.

De aprendizes de costura a empreendedoras, "Tudo começou com um sonho", relata a dona de casa que viu a possibilidade de trabalhar no próprio bairro se tornar realidade. A maioria das empreendedoras é casada e o sustento das famílias provém da cafeicultura. O objetivo delas é expandir o negócio, pois percebem uma demanda crescente, mas precisam adequar o trabalho à disponibilidade de mão de obra.

Foto 7O professor Roberto Camilo Órfão de Morais, coordenador do Programa Capacita em Rede, acompanhou a iniciativa desde a mobilização para o curso, em 2022, à articulação para constituir a pequena confecção. De acordo com o professor, o projeto enfoca a educação profissional como um meio eficaz para a formação social do trabalhador. Ele destaca que a experiência demonstrou que, ao adentrar no mercado de trabalho, a mulher não apenas adquire habilidades, mas também conquista autonomia. “O Capacita em Rede está inserido numa estratégia de educação, tendo o trabalho como princípio educativo e como transformador das relações sociais”.

 

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